Meus caros, bem sei que a maior parte de vós são adeptos do fêquêpêa, mas aqui fica um tributo a todos os benfiquistas sofredores, um texto que escrevi há tempos para um jornal local.
Na desportiva...
Benfica, hoje e sempre
Falar do Sport Lisboa e Benfica é mais do que falar de uma instituição ou uma empresa de Futebol. O Benfica é um clube que arrasta multidões, de norte a sul do país, sendo uma referência incontornável de um país que se fez conhecer por todo o mundo.
O Benfica nasceu em 28 de Fevereiro de 1904, ainda sob a designação de Sport Lisboa (ou Grupo Sport Lisboa), quando um grupo de jovens oriundos de Belém se reuniu com uma sede imensa em jogar à bola. Não tinham sequer um campo de futebol, contando com a Companhia de Caminhos de Ferros (CP) que foi fechando os olhos à utilização dos seus terrenos situados no local onde hoje se encontra a Praça do Império.
Alguns nomes ficaram para sempre na história na formação do clube e da sua institucionalização, como António Zeferino, Cosme Damião, Francisco Calisto, Manuel Goulart, entre outros, que assinaram a acta da sua fundação. Fundou-se o Sport Lisboa. Em 13 de Setembro de 1908 o grupo Sport Lisboa fundiu-se com o Sport Club de Benfica, constituindo-se o Sport Lisboa e Benfica. Nesta época o Ciclismo era também uma das principais modalidades.
No seu longo historial de vitórias, o Benfica conquistou o primeiro tri nas épocas de 1935 a 1938; em 1936-37 o Benfica venceu por 7 a 0 ao FC Porto; em 1939-40 venceu por 5 a 0 ao Sporting; em 1943, venceu por 12 a 2 ao FC Porto, juntando nesse ano o campeonato e a taça (a primeira “dobradinha”); a primeira taça de Portugal foi conquistada em 1940 contra o Belenenses; o Benfica venceu a Taça Latina (contra o Bordéus) em 1950, que era o troféu mais importante da Europa na época, projectando o clube além fronteiras;
De 1952 a 1959, um senhor chamado Otto Glória, treinador brasileiro, fez uma pequena revolução no Benfica, com toda uma reestruturação do futebol, começando o estádio da luz a ser palco de memoráveis triunfos. Á inauguração do Estádio da luz (1954) seguiu-se a profissionalização do futebol, a criação do Lar do Jogador. Vivia-se numa época em que o Benfica vencia uma final da taça com uns 5 a 0 frente ao FC Porto (1953).
Com a orientação de Bella Guttman, o Benfica atravessou no início da década de Sessenta uma fase de ouro, ao vencer a primeira Taça dos Campeões Europeus em 1961 (Berna), num jogo frente ao Hearts da Escócia. Este jogo foi dos mais marcantes da sua história, em que a bola chegou a embater várias vezes no poste da baliza do Benfica nos últimos minutos. Foi preciso coração!
Alguns nomes como o de Mário Coluna, José Aguas, Santana, José Augusto, Germano, Costa Pereira, Coluna, merecem destaque. Umas verdadeira lendas do futebol. Em Amesterdão no ano 1962 o Benfica tornou-se Bicampeão Europeu. Eusébio (!) marcou aqui o seu primeiro golo para a Taça dos Campeões Europeus.
Nesta fase , Guttman era considerado um treinador mágico, caracterizado pelo seu extremo profissionalismo e muita capacidade na observação dos jogos. De lembrar que o Benfica disputou mais cinco finais europeias. Mas também foi dele que saiu uma frase que se tornou uma verdadeira “maldição”, pois o Benfica não mais ganhou nenhum campeonato da Europa.
Mas foi o grande Eusébio que se tornou o maior símbolo do Benfica. “É ouro!” exclamou Bella Guttman. E era mesmo um dos melhores jogadores do mundo. Era o “abono de família”, “bota de ouro” algumas vezes, teve também papel primordial na “saga dos Magriços” no campeonato do mundo de 1966. Era o “Rei Eusébio”. Era e é muito humilde, coisa rara hoje em dia.
De destacar ainda o treinador Jimmy Hagan (1971 e 1972), com a “equipa maravilha” da época, mais tarde Vítor Baptista .
Posteriormente, começou a fase da abertura do nosso mercado a jogadores estrangeiros, muito questionada pelos sócios do Benfica, para quem era uma questão de honra ter uma equipa exclusiva de jogadores portugueses. Enfim, as alterações do pós 25 de Abril. Mesmo assim, o Benfica continuou cheio de fulgor, e da “equipa maravilha” dos anos 70, o Benfica ganhou em espectacularidade com o treinador Erikson (sucedendo ao saudoso Boroti), levando o Benfica à final da Taça Uefa em 1983. Bento na baliza, Humberto Coelho ( quando voltamos a ter assim um Central?) Carlos Manuel, Chalana (!), Filipovic, Pietra, Nené, Diamantino, Shéu, Veloso, Álvaro, eram jogadores dessa época. E eram também símbolos da luz.
Faça-se uma breve referência, breve porque é triste, à fase de 1988 até hoje, pois é quando começa a verdadeira crise do Benfica. Em 1988 o clube foi à final da Taça dos Campeões. Mas a crise já era anunciada, e o clube já tinha perdido a estabilidade que sempre o caracterizou. A compra e venda de jogadores passou a ser como uma “placa giratória”, perdendo simbologia, perdendo mística, perdendo unidade e identificação. Ganhou o campeonato de 1993 e nunca mais ganhou nenhum. Uma tristeza.
A chamada “mística” pode ser formada com alguns símbolos de referência (como o Eusébio), mas também por uma atitude humilde e de entrega ao clube que começa desde o massagista, ao guarda-roupa, passando pelo apanha-bolas e todo um balneário de jogadores heterogéneo. Ou seja, união. É o que o FC Porto tem, e embora seja um clube mais pequeno ( sem ofensa) tem sobrevivido melhor à mudança dos tempos.
É claro que o Benfica não é um clube que se cinge a uma cidade ou região. É um clube universal. Mas tem vivido muito acima das suas posses, com gestões ruinosas para as contas do clube, milhões de contos de dívidas, dispensas e contratações desastrosas, presidentes vigaristas ou loucos. Quando falta organização, humildade, união dentro do clube e quando não há dinheiro, a estrutura começa a falhar e o clube começa a cair. A águia voa mais baixo e está ferida. É como um monstro adormecido.
É também o reflexo da sociedade actual. Impera o interesse do capital, na facturação, no lucro. Haverá espaço no mundo empresarial para o coração, a paixão clubística? Foi este mesmo amor desmesurado, imenso, pelo clube, que o arruinou financeiramente, vivendo acima das suas possibilidades, ficando um Benfica sem rumo, pobre, fragilizado para gáudio dos clubes rivais. Estes, de tanto terem “levado” anteriormente, agora riem-se deste pobre monstro enfraquecido.
É bom que renasças, Benfica.
Viva o Benfica!
Alguns dados foram baseados no livro “Benfica”, do Diário de Notícias
Paulo Cerqueira
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