Olá
Devido a alguma dificuldade no acesso ao moodle por parte de alguns alunos e uma vez que é importante aprender a aceder a novas plataformas, fica aqui o link para a Webquest que disponibilizei no moodle www.nonio.uminho.pt/webquests/webquest/soporte_derecha_w.php:
Bom Trabalho!
Do álbum "More", uma banda sonora dos Pink Floyd, temos o tema "Cymbaline"
Um dos singles mais vendidos de sempre, foi durante muito tempo o "jingle" da MTV do Reino Unido
Money for nothing (Dire Straits - Brothers in arms)
Us and Them (Pink Floyd - The Dark Side of the Moon)
Um dos videoclips mais interessantes, Brothers in arms (do álbum "Brothers in arms")
Pink floyd (Live at Pompei- "Echoes-part I")
O melhor instrumental que alguma vez ouvi...Going home (theme from local hero album)
Romeu and Juliet (Alchemy live) - uma das mais belas músicas que conheço
Esta música em baixo (Sultans of Swing -álbum alchemy).
texto escrito por mim e publicado em 2002:
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Se perguntarmos a algum turista, qual o espaço que mais lhe agradou em Amarante, quase de certeza que nos responde que foi a área junto ao Largo de S.Gonçalo (Praça da República), rua 31 de Janeiro, a Cândido Reis.
As intervenções que vão ter lugar no Largo de S. Gonçalo e 5 de Outubro seguem-se à requalificação das ruas 31 de Janeiro, Teixeira de Vasconcelos, Miguel Pinto Martins e Miguel Bombarda, inserem-se num plano global de valorização dos espaços públicos do Centro Histórico de Amarante. Mas é o rio Tâmega que dá extensão, profundidade e significado ao espaço a que me referi.
Naturalmente que a Cidade tem a sua história e do seu destino intrinsecamente ligados ao rio Tâmega e à serra do Marão. Situado como está numa região madeireira, o rio serviu muitas vezes para transporte rápido e barato de troncos de árvores para as serrações a jusante.
Hoje já nem nos seduz pelo seu bucolismo. O rio está mesmo morto. Lá se vai o tempo em que ele corria com impetuosidade, fogosidade. Limpo nunca esteve (que eu me lembre) mas agora é quase um esgoto a céu aberto. Rio Tâmega ou esgoto Tâmega?
As pessoas mais antigas ainda se lembram de ir lavar roupa ao rio, pescar, sentindo a sua frescura e tomando banhos em água mais ou menos limpa. E é por ouvir os seus comentários que posso comparar com o que se vê agora: ao atravessar a ponte sobre o rio, olha-se para baixo e vê-se um rio que está parado, morimundo, completamente poluído em tons que chegam a ser, por ironia, verdes. Por estar quase parado, o oxigénio na água não se renova, o que favorece o desenvolvimento de Cianobactérias e de algas que lhe dão aquela cor.
Há quem o recorde com saudade, da sua frescura e beleza.
O rio pode ser aproveitado a nível turístico para diversas actividades, tais como a canoagem, os passeios em guigas e gaivotas, a pesca, o gozo das praias fluviais. Mas para um óptimo usufruto, era fundamental que estivesse menos poluído.
Sendo tão emblemático para a cidade, é uma lástima para todos que esteja no estado em que está. É até uma vergonha.
Pelas suas margens bordejadas pelos resistentes veraneantes, os cheiros nauseabundos acabam por os repelir, convidando-os a ir para outras margens. Da tendência natural de olhar para o rio e exclamar beleza, segue-se habitualmente um comentário do género: “está horrível este rio”.
Sabemos que a culpa do seu estado não é só de uma entidade. Mas a legislação deveria ser mais severa para com as indústrias, fábricas, que despejam deliberadamente os seus detritos ao rio. Existem as Estações de Tratamentos de Águas Residuais (ETAR) com esse objectivo, de tratar as águas. Mas é claro que é menos dispendioso derramar o lixo nos rios.
Mas não é só a Indústria. Os próprios Agricultures também despejam os seus detritos na água. Os adubos e pesticidas, também vão lá parar de qualquer forma. E os
Nitratos acabam por se transformar em Nitritos que são dissolvidos na água e entram na nossa cadeia alimentar através das plantas.
E mesmo a nível doméstico, ainda há pessoas sem consciência que acham ter o direito de fazer do ecossistema rio um esgoto.
A nível urbanístico, todas as requalificações que se façam (nomeadamentea requalificação da rua 31 de Janeiro, toda a requalificação da praça da República, requalificação da rua 5 de Outubro, a repavimentação da ponte de S.Gonçalo) fazem muito mais sentido quando aliadas ao elemento natural rio Tâmega. Este elemento é que valoriza toda aquela área!
Mesmo a nível cultural, que valor teriam as obras do grande Teixeira de Pascoaes, sem a contemplação e a alusão ao rio Tâmega? Ou melhor, sem a beleza do mesmo? Era com toda a certeza uma das suas grandes fontes de inspiração. As suas obras comprovam isso mesmo.
Acho que nunca tinha visto o rio tão sujo, nesta altura do ano. Está mesmo com um aspecto lastimável, miserável. Está completamente podre.
Amarante, é uma verdadeira Princesa do Tâmega (não estou a publicitar a agência).
Por isso mesmo é com tristeza que escrevo estas linhas.
Mais um texto que escrevi para uma jornal local, há uns tempos atrás, quando tinha tempo livre...
Chiclet, mastiga deita fora
“A Sociedade do consumo aprende a dominar” (Claude Boudet). Esta frase refere-se ao modelo de sociedade actual, em que a economia de mercado procura rentabilizar da melhor forma a produção de bens, obtendo o máximo lucro possível. Surgiu o Marketing, fazendo-se estudos de mercado, estudam-se os hábitos e preferências dos consumidores.
" A sociedade de consumo aprende a reduzir ou derivar as grandes motivações do homem, tornando-as em alavancas económicas". O estudo da Psicologia ajuda as grandes empresas e a sua estratégia de venda a perceber o que é que realmente os consumidores (pessoas comuns) gostam, ou gostariam nos seus sonhos, no seu subconsciente. Um exemplo: porque é que na publicidade a um automóvel, aparece muitas vezes ao seu lado uma bela rapariga? Estará à venda a rapariga? Não, mas mexe com o subconsciente de cada um, com certeza. É apenas um exemplo. E a melhor publicidade é aquela que nos influencia sem sequer nos apercebermos disso. Uma imagem vale por mil palavras e muitas vezes a nossa retina consegue reter fragmentos de informação que, embora não tenha uma relação directa e objectiva com um pretexto, penetra profundamente nos meandros do nosso, ainda um pouco desconhecido e misterioso, subconsciente.
Muitas vezes somos então levados a consumir o mais vil, supérfluo, inócuo, porque foi alimentada uma fantasia de momento. Criou-se assim uma necessidade que o homem - consumidor se sente impelido a comprar. O consumo tende então a reconduzir a ele todos os outros instintos, como a um modelo comercialmente perfeito.
A televisão, essa “ caixinha mágica” é um importante veículo transmissor de sugestões, ideias, valores, modas passageiras, estilos. Podia até ter um importante papel na educação de crianças, jovens e adultos. Mas, sendo realistas, toda a “máquina “ funciona com um “combustível” que neste caso é o dinheiro. Dinheiro que vem da publicidade, claro.
A publicidade às respectivas marcas é feita de forma cada vez mais engenhosa, subtil, explorando as fraquezas humanas. E de certa forma vem ao encontro de uma sociedade que tem perdido os seus pontos de referência. Os próprios programas de televisão, sobretudo dos canais privados, e porque têm de sobreviver com a guerra de audiências, tornaram-se cada vez mais bárbaros, violentos, impróprios, pouco educativos, de baixo nível. Mas, não é isso que se quer (sangue)? Começamos com um “Big Brother”. O que explora este programa? A privacidade, o comportamento de pessoas normais, 24 horas por dia. Interessante achei a uma frase de Miguel Esteves Cardoso acerca do mesmo programa: “Bate a Odisseia e a BBC Vida Selvagem, no que se refere a programas em que se observa o Comportamento Animal”. E não é verdade que os animais lutam pelo seu espaço, mantêm relações de liderança ou submissão, acasalam, brincam, “reinam” (...). No caso em questão ainda diziam uns palavrões pelo meio, houve até cenas de violência, conscuvilhices , luta pela liderança no grupo. Havia até um tal de Zé Maria que levava “sova” de todos mas que depois passou a ser o “coitadinho”, tornando-se herói nacional!
O escândalo é servido em capas de revista, o “mal dizer” das figura públicas sustenta a “Ana”, a “Maria”, A”Lux”, a “Caras” e muitas outras. O Sensacionalismo é exacerbado.
O que aprendem os jovens e crianças com a sociedade que devia ser um exemplo? Um aluno que acabe de completar o 9º ano deveria sair da escola com o perfil de cidadão educado para viver
Não admira pois que o aluno seja mal educado, tenha carências afectivas, não se esforce para ter bons resultados. A sociedade é competitiva, mas a “melodia” que se ouve nos “mass média” é suave, convida-nos, persuade-nos. A imagem que nos dá é a de que não custa nada fazer um crédito à habitação, comprar um automóvel, pagar a prestação de electrodomésticos. Afinal de contas, é tão fácil ter sucesso, que não é preciso saber cantar para ser uma estrela (veja-se as Girl e Boysbands), pode-se ganhar uma fortuna num programa de sorte qualquer, ou mesmo ser jogador de futebol profissional...
Infelizmente, por falar em futebol, a imagem que ficou da nossa selecção é a de um país Em Vias de Desenvolvimento, aliás, cada vez menos evoluído em atitude, carácter, reflexo dos valores que recebeu (valores que colocam o dinheiro como bem supremo, jogando sem amor à camisola, por exemplo). A sociedade consumista perverte os fracos e enfraquece os fortes. Mas, embora a economia mova o mundo, a dicotomia materialismo/espiritualismo há – de estar sempre presente, e, tal como na obra “D. Quixote de
Paulo Cerqueira
Este texto, publicado há uns anos atrás, é dedicado às nossas cidades históricas, Lisboa e Porto, que desde há uns anos para cá têm vindo a perder muita população, os centros estão a ficar desertos (sobretudo à noite). Mudança dos tempos...
Aqui fica:
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Ver-te assim abandonado
Até há algum tempo atrás, as cidades atraiam população, devido às condições de vida que ofereciam. Actualmente, porém, o crescimento das cidades coloca problemas de sustentabilidade em termos de qualidade de vida. Para ter qualidade de vida temos cada vez mais em atenção o ambiente, a segurança, a afectividade. O que vemos então nas grandes cidades portuguesas, Lisboa e Porto?
Um dos problemas que as afecta é o seu envelhecimento. Grande parte dos prédios do centro das cidades são arrendados. Só que o sistema de arrendamento manteve durante muitos anos rendas fixas, não compensando aos arrendatários um investimento na recuperação das habitações. Como consequência, vemos edifícios muito degradados nas áreas mais antigas da cidade. Por vezes também os proprietários são pessoas idosas, de fracos rendimentos e pouca motivação para proceder a obras de beneficiação, acabando as habitações por de degradarem. Quando não se procede imediatamente à demolição dos edifícios após o abandono dos mesmos pelos idosos que vão morrendo, os mesmos edifícios vão sendo ocupados por parte de uma população pobre ou marginal ou de imigrantes. Criam-se assim bolsas de habitação com más condições, precárias, associadas à pobreza, marginalidade e por vezes criminalidade.
A saturação das infra-estruturas físicas (rede de esgotos, de distribuição de água) e sociais (serviços de saúde, administração, justiça) é outra forma de envelhecimento das cidades, contribuindo para a perda de qualidade de vida em certas áreas urbanas.
O Envelhecimento da população acompanha o dos edifícios e, na cidade, vão ficando sobretudo os mais velhos, pois as novas gerações adquirem geralmente habitações nas áreas suburbanas onde as casas são mais baratas. Este envelhecimento populacional levanta problemas sociais de abandono e solidão.
As deslocações pendulares, feitas a distâncias cada vez maiores, aumentam a sua duração, tal como o tempo que se passa longe de casa, originando mais stress, fadiga, trânsito, preocupações com os horários (...). Nas cidades e nas áreas suburbanas, são as crianças e adolescentes desde muito novos que ficam entregues a si próprios durante o dia. Crescem muitas vezes sozinhos, sem a presença de um adulto ( é a chamada “geração da chave”).
A cidade de hoje ainda que se caracterize pela aglomeração de pessoas e de actividades, é um espaço onde as pessoas se cruzam, mas raramente se encontram, prevalecendo um anonimato difícil de quebrar, que se transforma em mais um factor de solidão, também ela uma característica do espaço urbano.
Outros problemas inerentes à cidades são os Bairros pobres, que teimam em não desaparecer apesar dos programas de realojamento, e o número crescente dos “sem abrigo” para o que muito contribui o desemprego prolongado. Este é particularmente problemático nas cidades, onde a sobrevivência das famílias depende totalmente do ordenado, inclusive para a habitação que, mesmo sendo própria, exige o pagamento das amortizações do empréstimo bancário.
As situações de abandono e de pobreza, face visível das desigualdades sociais presentes no espaço urbano, propiciam a criminalidade e, com ela, a insegurança dos cidadãos que, por medo, muitas vezes não usufruem de espaços como jardins públicos, parques infantis ou de um simples passeio pelas ruas. Estes problemas, sobretudo o da falta de segurança, tem feito crescer nos cidadãos um sentimento anti - estrangeiro (Xenofobia) ou mesmo racial, que em nada favorece o sentido de uma política democrática.
É pois importante a recuperação da qualidade de vida urbana, desde o centro da cidade à sua periferia, bem como a totalidade dos aspectos físicos e sociais. É importante preservar o património edificado, reabilitando áreas degradadas ( de destacar o programa de reabilitação das áreas urbanas degradadas – PRAUD e o programa RECRIA – regime Especial de comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados). É ainda necessário repensar o uso dos espaços, requalificando-os ou mesmo renovando algumas áreas urbanas, demolindo total ou parcialmente edifícios ou estruturas edificadas. A renovação urbana implica o realojamento da população a viver em edifícios ou bairros degradados, sendo aquele uma forma de combater a marginalidade, as situações de risco para os jovens, eliminando os espaços tradicionais para o consumo ilícito de drogas, para a prostituição e outras actividades ilícitas ( como no conhecido Casal Ventoso).
Trata-se pois de humanizar a cidade.
Para terminar, fica aqui um excerto de uma letra de Carlos Tê a que Rui Veloso deu voz , numa clara alusão à sua cidade, o Porto dos seus sentidos.
“Ver-te assim abandonado
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento
e é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido na asa”
Olá amigos!
Aqui fica um texto que escrevi há tempos para um jornal, sobre um assunto da minha especialidade (sem falsa modéstia, eh eh)
Aqui fica:
Revolução Rock
A música que mais se ouve hoje em dia nada tem a ver com a música dos anos 50 ou 60. Embora não seja desse tempo, conheço-a razoavelmente. Merecem destaque o ídolo sobretudo dos anos 50, Elvis Presley, e os Beatles nos anos 60. Estes Últimos eram fabulosos. Ainda hoje se ouve frequentemente temas do álbum “Sargent Peppers”, um dos melhores da época. As suas músicas eram simples mas muito melodiosas. Deliciosas.
Quanto ao Elvis Presley, foi também um ídolo de uma geração, pela sua forma de cantar os temas românticos e de Rock n` Roll (You are allways on my mind, Love me tender, etc.), a maneira de dançar, o penteado que virou moda, o visual que marcou as preferências da época. Foi pena a sua trágica morte por overdose.
Jimmy Hendrix foi um guitarrista e músico excepcional para a sua época que revolucionou uma forma de tocar guitarra e de abordar os Blues.
Os Doors, foram outro “mito de uma geração”, com a incontornável figura de Jim Morrison. Para além do vocalista, de realçar a utilização de um órgão de igreja com sons “jazzísticos”, uma atmosfera envolvente inebriante, de libertação.
Na época do movimento “Flower Power”, cultivava-se a máxima “sexo, drogas e rock and roll”. Já se faziam alguns festivais ao ar livre, tomavam-se uma drogas alucinogénicas, queria-se estar em “paz e amor”. Os “Hippies” eram um movimento característico da época, tal como em alguma música haviam influências psicadélicas.
Muitas bandas surgiram e algumas delas tornaram-se verdadeiras lendas. Por exemplo, os Supertramp, Os Bee Gees, os Génesis, Status Quo, os Shadows, os Rolling Stones. Estes últimos, umas verdadeiras lendas vivas, pois ainda agora tocam juntos e fazem espectáculos ao vivo, após décadas, mais de 30 anos! Afinal, They “Can get no satisfation”…
Os Queen (de Fredy Mercury), os U2, os Abba, os Metálica, os Scorpions, são outros exemplos. Mas muitos outras grandes bandas surgiram que não referenciei. A solo, Bruce Springsteen, Sting, Frank Zappa e Eric Clapton, são outros exemplos entre muitos outros.
Não falei ainda de dois grupos musicais que são, para mim e para muitos, talvez as maiores bandas de sempre: os Pink Floyd e os Dire Straits. Os Pink Floyd são um dos primeiros conjuntos revelados pela música psicadélica, tal como os Soft Machine, Sam Gopel Dream, The crazy World of Arthur Brown, os Tomorrow, entre outros. E em 1966, a jovem América, dos “Beat-Generation” deram lugar à “revolução psicadélica”. A música, reconciliada com uma animação visual apropriada, ligada a essências orientais, é aqui o pretexto para a evasão, para a libertação. Décadas depois os Pink Floyd ainda mantêm grande parte do seu estilo, e mesmo após a saída de uma das suas principais figuras (Roger Waters), continua a ser uma banda que arrasta multidões, vendendo milhões de discos. Foi a primeira banda a utilizar um som estéreo, e talvez a que melhor conjuga a música e a imagem. O Álbum “ The Dark Side Of The Moon” e o álbum “The Wall” foram dos mais vendidos de sempre. Quem não conhece a expressão “Teatcher leave us kids alone” ? Actualmente Roger Waters faz músicas a solo, enquanto que David Guilmour assumiu a liderança do grupo. Este agrupamento foi sempre pioneiro em inovações tecnológicas, tais como a utilização de um som estereofónico, bandas magnéticas cruzadas, a Holofonia, os característicos jogos de luzes.
Como grandes guitarristas, entre outros destaco Eric Claptan, Jeff Beck, Mark Knopfler, Jimmy Hendrix, BB King, David Guilmour. Gosto particularmente do estilo inovador de Mark Knopfler. Utiliza apenas os dedos para tocar guitarra acústica e eléctrica, enquanto que todos os outros usam a palheta. É a técnica do “finger picking”. O som que produz na sua “Fender Stratocaster” é inconfundivelmente límpido, cristalino, e os seus solos de guitarra são melodiosos, inteligentemente concebidos, bastante agradáveis de ouvir. Mark Knopfler foi o líder de uma das maiores bandas, sobretudo da década de 80: os Dire Straits. Uma banda que não se restringiu a nenhuma moda ou estilo específico, mas onde se notam influências do Jazz, da Música Clássica, do Swing ou até mesmo do Country. O álbum “Brothers in Arms” foi o mais vendido de sempre no Reino Unido e o segundo mais vendido em todo o mundo (atrás do “Thriller” de Michael Jackson).
Na música portuguesa a “Revolução do Rock” deu-se a partir do conhecido “Chico Fininho” de Rui Veloso, o tal que tinha “merda na algibeira” (ou seja, droga) e que “conhecia de ginjeira todos os flipados desde a a Cantareira até à baixa”. Seguiram-se os Táxi, os Já Fumega, os Trabalhadores do Comércio, Heróis do Mar, UHF e mais tarde os GNR, entre outros . Saiu recentemente uma colectânea do rock português dos anos 80, que aconselho a comprar. Já se fazia boa música naquela altura. Actualmente o grupo de Rock and Roll português que tem mais admiradores são os Xutos e Pontapés.
A primeira Girl Band portuguesa foram as Doce. Saiu agora mesmo uma colectânea delas, com algum sentimento nostálgico, para elas e para alguns admiradores. O tema “Bem bom” é dos mais conhecidos.
Uma vez que falei em música portuguesa, não podia deixar de referir os temas de Zeca Afonso antes do 25 de Abril, pela importância e qualidade que tiveram na época.
Para terminar, refira-se a falta de qualidade de muita da música que hoje se ouve. Muitas Boys Bands aparecem e desaparecem como cogumelos. Alguns dos elementos só cantam em Play Back. De salientar que um dos principais critérios na escolha dos elementos é a beleza física (ser ou não ser sex simbols). Muitos cantores e grupos musicais fazem música “pimba” e o pior é que esta música vende. “E se elas querem um abraço ou um beijinho…pimba!”. Mesmo a nível internacional tem havido uma maior abundância da chamada “música comercial”, que se ouve hoje e amanhã está fora de prazo. Há algum imediatismo, do género “mastigar e deitar fora”.
O que se verifica é que o leque de escolhas é muito diversificado, e parece que grande parte das pessoas prefere ouvir aquilo que é fácil e soa bem, não importando muito a qualidade.
Eu, como eduquei o ouvido desde muito cedo, não me fico pela música fácil. Já gosto de alguma complexidade. Não oiço muito a rádio, preferindo ouvir os CD`s que tenho, de Jazz, música Clássica, ou de alguns grupos musicais de pop rock ou rock and roll mais antigos, não me importando se já não existem ou se já passaram de moda…
Paulo Cerqueira
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