Dos trabalhos apresentados pelos meus alunos dos cursos profissionais 12ºPTIE, destaco duas coisa que me chamaram bastante a atenção:
População do concelho de Celorico de Basto (1801 – 2004)
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1801
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1849
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1900
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1930
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1960
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1981
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1991
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2001
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2004
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25573
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21381
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20134
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22684
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24392
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22671
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21477
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20466
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20128
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Reparem como tem vindo a perder população Celorico de Basto, terra das casas solarengas e abrasonadas...
Orgulhosamente, um dos grupos de trabalho deu-nos a conhecer o Arquipélago da Madeira, quer fisicamente, quer culturalmente. Ahh, e ainda comemoramos com um bolo de mel muito saboroso. Só não bebemos o vinho típico da madeira, porque iria contra os regulamentos:)
O primeiro grande erro da senhora ministra da educação, é não conhecer profundamennte (aliás, como a maioria da população portuguesa, os que não são professores) o que é ser professor, hoje. Se soubesse, ou se conhecesse a escola pública melhor e a especificidade da profissão docente, não iria defender um modelo de avaliação com estas características. Por curiosidade: quantas horas são necessárias nas outras profissões para que seja feita a avaliação dos seus funcionários? Por exemplo, de um funcionário de um banco, um apresentador de rtp, ou um engenheiro da câmara municipal são meros exemplos)? 3, 4 horas no máximo, por ano (!). E quantas horas (perdidas) já foram "gastas", para avaliar professores, quer por avaliadores quer por avaliados, só neste ano lectivo? Na maior parte dos casos, alguns casos, uma 70 horas e na maior parte dos casos, dezenas de horas. E Porquê será senhora ministra??
Bem, antes de mais, ser professor não é uma profissão fácil de "quantificar", medir, avaliar. Por exemplo, a produtividade de um operário fabril pode ser fácil de medir, pelo volume de trabalho produzido. Mas...relacionar os resultados escolares dos alunos ao desempenho do professor (em termos de comparação)? Mas as turmas são heterogéneas....além disso,o meio onde se inserem os alunos, se são do interior ou litoral, cidade ou campo, etc, também é uma variante importante. Enfim...O que a senhora ministra tentou fazer com este modelo é absurdo. O professor de hoje em dia, debate-se com inúmeras situações difíceis e que exigem uma enorme flexibilidade a vários níveis para as ultrapassar. Por um lado, muitos alunos, infelizmente, não têm famílias estáveis, famílias em que reina um ambiente de violência verbal e física, por vezes com situações económicas muito desfavoráveis, e em que também o alcoolismo ou a toxicodependência estão presentes. Se a taxa de abandono escolar faz depender a avaliação do professor, então o professor também será o responsável pela situação familiar do alunos, pelo seu meio social, pela falta de incentivo dos pais, pela sua falta de educação? Enfim...
Engraçado é que a legislação deste últims anos tem conduzido a um "facilitismo", do ensino, tão descarado que até nos exames nacionais foi notado. E depois vem a senhora ministra com a sua cara de pau dizer que houve uma melhoria dos resultados? Enfim...Novas Oportunidades....qual o grau de exigência para estes cursos??
O que a senhora ministra ou não sabe ou não se importa, é que ser professor é ser capaz de grandes acrobacias, grandes voos, ter uma grande flexibilidade para lidar com uma enorme diversidade de desafios diários, estabelecer contacto com dezenas ou centenas de seres humanos, todos os dias, e muitas vezes fazer o papel de pai, mãe, tio, avõe ...educador. E isso requere tempo para preparar aulas que se adaptem às características dos seus alunos. Com toda esta trapalhada que está a ser a burocracia deste modelo, está a estrangular os professores, a asfixia-los cm papelada, limitações, no fundo está a cortar as asas, a imaginação, a criatividade que é necessária ao professor.
Resumido, só quem é professor sabe o que é ser professor. E a senhora ministra, não sabe nem quer saber.
(...) (...) (...) enfim, enfim...
A manifestação deste último sábado em lisboa, por parte de todos nós, professores, em que cerca de 85% (!) de todos os docentes estiveram presentes, não deixa de colocar algumas questões pertinentes: é possível uma educação sem a vontade dos professores? é possível conceber e executar este modelo de avaliação? Esta teimosia da senhora primeira ministra vai-se manter até quando? Serão os resultados escolares obtidos, reais ou fictícios? Terão sido de facto os exames nacionais demasiado fáceis? Então a exigência é só com os professores, enquanto que para os alunos o ensino é facilitado até ao ponto de quase encherem os professores de burocracia, e quase que os obrigando a dar "boas notas" aos alunos?
Dividir uma classe docente em duas, será benéfico ou prejudicial para o bom ambiente nas escolas?
As Novas Oportunidades, as passagens automáticas, os objectivos a atingir pelas escolas e pelos professores, individualmente e outras medidas, têm como objectivo melhorara a qualidade do ensino, ou melhorar a estatística e estrangular os professores?
Dificultar o acesso aos últimos escalões, com quotas de entrada, tem como objectivo, apenas reduzir os custos? Quotas para o excelente? Com o objectivo de premiar o mérito ou condicionar o acesso, para reduzir os custos?
Alguém no goverso se preocupa com o que realmente deveria interessar, que é o de dar mais condições aos professores para ensinar,;valorizar a sua carreira; combater a indisciplina e a violência nas escolas; reduzir o número de alunos por turma, tornando o ensino mais individualizado; estimular o ensino da língua portuguesa; incentivar o aluno ao cálculo mental e à abstração (...), porque dizer que se tem investido muito na educação, isso não é de todo verdade, pois fornecer computadores com parcerias de operadoras e fábricas de Magalhães para a Venezuela, isso por si só não é investir no ensino.
Só quem está no ensino e sente o que por lá se vai passando é que compreende a indignação dos professores, a sua revolta, o nervosismo e desespero de quem tem feito tudo fazer face a todas as adversidades e obstáculos criados pelas sucessivas políticas governamentais, de ministérios da educação que tornaram o ensino facilitado, burocrático, que não se sabem colocar no lugar de quem convive diariamente com situações deveras difíceis.
Ahhh, senhora ministra, que miopia, que teimosia, que cara de pau!
http://www.escolapublica.com/default.aspx?id_pagina=28
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